Como parte da programação de encerramento do Maio Laranja, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), por meio da Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ), promoveu palestras nos dias 28 e 29 de maio na Universidade Federal de Roraima (UFRR) e na Universidade Estadual de Roraima (UERR). As atividades foram voltadas a estudantes das áreas de saúde, educação e assistência social — profissionais em formação que, em breve, estarão diretamente ligados à rede de proteção de crianças e adolescentes.
No dia 28, a ação ocorreu no auditório do Centro de Ciências da Saúde da UFRR. Já no dia 29, a programação foi realizada na UERR, com a presença da juíza da 2ª Vara de Família, Rafaelly Lampert. A participação foi gratuita e os inscritos receberam certificado.
As palestras trataram da identificação de sinais de abuso e violência sexual, além de orientações sobre os primeiros procedimentos de acolhimento e encaminhamento de vítimas.
A psicóloga e servidora da CIJ, Isabeau Cristina, explicou que o objetivo foi levar informações práticas e essenciais para quem está se preparando para atuar com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
“Nós desenvolvemos essa parceria com as universidades pensando na importância de trazer para esses alunos, que muito em breve vão estar atuando nessa rede de proteção, essas informações mais básicas de como lidar, de como fazer os primeiros atendimentos — esse tipo de coisa que, muitas vezes, para quem está começando, ainda pode gerar dúvidas”, disse.
Durante a palestra na UERR, a juíza Rafaelly Lampert destacou que o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes exige preparo técnico e atuação articulada.
“Diante dos altos índices desses crimes em Roraima, é fundamental investir em ações preventivas e na eficiência dos canais de denúncia. Os profissionais que atuam com a infância e juventude devem estar atentos e bem informados para agir com responsabilidade, garantindo a proteção integral das vítimas.”
A professora do curso de Enfermagem da UFRR, Bárbara Almeida, também ressaltou a relevância da iniciativa.
“Essa parceria é essencial para que nossos alunos estejam aptos a reconhecer os sinais precoces de abuso e saibam como agir. Além disso, permite que, como sociedade, possamos contribuir ativamente na defesa dos direitos das crianças e adolescentes, sobretudo em Roraima, onde os índices desse tipo de violência ainda são alarmantes.”
Com a realização das atividades nas universidades, o TJRR conclui as ações do Maio Laranja deste ano, somando esforços com instituições de ensino superior para ampliar o alcance da rede de proteção à infância e adolescência e preparar, de forma consciente e sensível, os futuros profissionais para os desafios dessa atuação.
A matéria possui três imagens. A seguir a descrição na ordem de publicação:
Foto 1: Imagem colorida mostra a a juíza Rafaelly Lampert de blazer azul e vestido branco fala ao microfone no palco de um auditório. Ao fundo, três pessoas estão sentadas à mesa de um painel coberta com toalha branca e azul. No telão, um slide com o título "Uma Epidemia Silenciosa", trazendo dados sobre violência sexual, está projetado. O ambiente é fechado e com paredes azuis escuras.
Foto 2: Imagem colorida mostra quatro estudantes sentados lado a lado em uma fileira de cadeiras verde-água. Eles assistem atentamente a palestra. Estão vestidos com roupas casuais e a expressão de todos é séria e atenta.
Foto 3: Imagem colorida mostra um auditório com cadeiras verde-água ocupadas por espectadores. À frente, três pessoas estão sentadas à mesa de um painel, coberta com toalha verde, enquanto uma quarta pessoa fala em pé ao lado de um púlpito com um notebook. No fundo, é projetado um slide com o título: “Atuação Profissional em casos de Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes”.
Texto: Beatriz Evangelista - Jornalista
Fotos: Nucri/TJRR
JUNHO/2025 - NUCRI/TJRR
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