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Polo de Conciliação em Maturuca completa uma década com apoio do Judiciário

 
Quatro pessoas, incluindo dois homens indígenas com cocares tradicionais e um homem de camisa escura, estão em frente a uma parede de cor clara. Eles estão apontando para duas placas de inauguração fixadas na parede. A cena parece é a inauguração da revitalização no espaço
 
Com uma década de atuação, o Polo Indígena de Mediação e Conciliação “Elias Souza”, localizado na comunidade de Maturuca, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Uiramutã (RR), entra em uma nova fase de consolidação e melhoria.
 
Revitalizado, o espaço simboliza o compromisso contínuo da Justiça roraimense com a promoção do diálogo e da resolução pacífica de conflitos em comunidades indígenas, por meio de uma justiça cidadã, intercultural e conduzida pelos próprios povos originários.
 
Inaugurado em 2015, o Polo é reconhecido como o primeiro espaço de conciliação indígena do Brasil, resultado de uma parceria inédita entre o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e as lideranças da Região das Serras.
 
Desde então, tornou-se referência nacional pela construção de um modelo de justiça comunitária que respeita línguas, tradições, costumes e a organização social dos povos indígenas.
 
A entrega oficial da revitalização ocorreu no dia 28 de outubro, com a presença do desembargador e vice-presidente do TJRR, Almiro Padilha, idealizador do projeto quando exerceu a presidência do Tribunal.
 
“Estivemos em Maturuca para ouvir as lideranças, verificar a estrutura e dialogar com os mediadores indígenas. O Tribunal segue comprometido em apoiar um modelo que valoriza a autonomia das comunidades e o respeito às culturas tradicionais. Essa é uma forma concreta de promover justiça cidadã, baseada no diálogo e no pertencimento”, ressaltou o vice-presidente.
 
Quatro pessoas estão sentadas ao redor de uma mesa. Um homem de camisa escura aponta para uma grande placa metálica da placa de inauguração, com logotipos do STF, CNJ e CNMP. Há uma estatueta da Justiça e um cartaz da "Ouvidoria Eleitoral Indígena TRE-RR" na parede, indicando que a reunião pode estar relacionada a questões de justiça ou direitos indígenas.
 
Os mediadores indígenas, habilitados conforme os princípios da Justiça Restaurativa, conduzem as audiências em suas línguas maternas — Macuxi ou Wapichana — além do português. Os acordos são registrados em atas bilíngues, o que garante compreensão integral de todas as partes e valoriza a oralidade como princípio cultural e jurídico.
 
O trabalho contínuo tem gerado impacto positivo, reconhecido pelas próprias lideranças locais. Segundo Djacir Melquior da Silva, coordenador dos Tuxauas da Região Serra, a mediação comunitária tem evitado conflitos maiores e mantido a harmonia nas aldeias.
 
“O Polo ajuda a gente a resolver os conflitos aqui dentro, no nosso jeito. Primeiro o tuxaua tenta resolver, depois o caso vai para o Polo, que está fortalecendo esse trabalho. Isso não começou agora; começou lá atrás, com os conselheiros que iniciaram essa caminhada de mediação e conciliação”, destacou.
 
Durante a visita, o desembargador também participou da III Feira de Produtos Orgânicos e Artesanatos Indígenas da Região Serras, realizada na comunidade. O evento reuniu
representantes das 78 comunidades da Terra Indígena Raposa Serra do Sol e teve como tema “Valorizando e fortalecendo a produção orgânica e sustentável de nossas comunidades”. A feira demonstrou o protagonismo das comunidades na produção sustentável e consolidou o vínculo entre o Tribunal e os povos indígenas.
 
Um grupo de pessoas se reunido sob uma estrutura rústica de telhado de palha, que tem decorações penduradas. Eles estão olhando para uma grande peça de artesanato ou arte colocada sobre uma mesa durante uma feira na comunidade indígena.
 
Sobre o Polo Elias Souza
 
Inauguração: 2015, com a presença do então presidente do STF e CNJ, ministro Ricardo Lewandowski.
Localidade: Comunidade de Maturuca, Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
Público atendido: Cerca de 76 comunidades, totalizando aproximadamente 12 mil pessoas.
Demandas tratadas: Conflitos familiares, desacordos sobre plantio e criação, reparação de danos, divergências culturais e infrações às regras locais.
Impacto: Redução da judicialização de pequenos conflitos, fortalecimento da convivência comunitária e valorização da justiça indígena.
 

 

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Texto: Eduardo Haleks - Jornalista
Fotos: Divulgação
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