Por meio de uma roda de conversa e palestras que abordaram temas relevantes relacionados à proteção social, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), por meio da 1ª Vara da Infância e da Juventude (CIJ), em parceria com a Cátedra Indígena de Roraima, esteve presente na Comunidade Indígena Tarauparu, da etnia Taurepang, localizada no município de Pacaraima.
A atividade foi conduzida pelo juiz da 1ª Vara da Infância e da Juventude, Parima Veras, e pelo professor Alfredo Wapixana, no dia 12 de setembro, na Escola Estadual Indígena Guilhermina Fernandes, que atende estudantes do Ensino Fundamental, Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ao todo, participaram 436 pessoas, entre alunos, pais, professores e lideranças comunitárias.
A iniciativa ocorreu a convite do Projeto Cátedra Indígena, que organizou o encontro em parceria com a Organização dos Professores Indígenas do Estado de Roraima (OPIRR), na região do Alto São Marcos, com foco em temas como o exercício do poder familiar, violência sexual, gravidez na adolescência e combate ao uso de álcool e drogas ilícitas.
Para o juiz Parima Veras, iniciativas como essa são fundamentais porque nascem a partir das demandas locais:
“Avalio como positivos e necessários esses eventos, pois contribuem para a formação de crianças e jovens, funcionando como mecanismos de prevenção de situações de risco e de fortalecimento dos laços familiares, além de conscientizar para o exercício responsável da autoridade parental”, destacou o juiz Parima Veras.
O protagonismo da comunidade também foi registrado. A gestora da escola, Sra. Ceciliana Alves, a Tuxaua da Comunidade, Sra. Maria Deunise Alves e o professor Alfredo Silva Wapixana, liderança da Cátedra Indígena e coordenador da OPIRR na Região do Alto São Marcos, que ressaltaram a importância da presença do Poder Judiciário nas comunidades indígenas, trazendo orientações sobre temas essenciais à proteção da infância e da juventude.
Segundo o professor Alfredo Silva Wapixana, o contexto da fronteira com a Venezuela amplia a vulnerabilidade social da comunidade em relação a temas como violência, exploração, consumo de drogas e gravidez precoce, tornando ainda mais relevante a presença do Judiciário e de instituições parceiras. Ele acrescentou que outros encontros já estão sendo planejados, em momentos específicos voltados para pais, professores, gestores e lideranças, fortalecendo a prevenção e a conscientização coletiva.
“Cátedra Indígena de Roraima é uma Academia criada em 2022. A entidade é composta exclusivamente por especialistas indígenas e não indígenas de diversas áreas do conhecimento. Por conta disso é que o magistrado foi convidado para essa ação”, completou Alfredo Silva Wapixana.
Na matéria contém uma imagem. Abaixo a descrição:
Foto 1: imagem colorida de um grupo de dos alunos, pais, professores e lideranças comunitárias e juiz Parima Veras na Escola Estadual Indígena Guilhermina Fernandes pousando para fotografia.
Texto: Com informações da CIJ, adaptadas pelo NUCRI/TJRR
Fotos: Reprodução
OUTUBRO/2025 - NUCRI/TJRR