
Criando novas possibilidades profissionais ou até mesmo aproximando sonhos, o Comitê Gestor de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade, em parceria com a Escola Judicial de Roraima, realizou, na quinta-feira (22), uma reunião com acadêmicos de Direito, com enfoque em sugestões para a elaboração de um plano de aula focado no Exame Nacional da Magistratura (ENAM), com equidade racial e étnica.
O encontro foi destinado exclusivamente a estudantes indígenas e negros do curso de Direito da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Universidade Estadual de Roraima (UERR), Universidade da Amazônia (Unama), Faculdade Cathedral e Estácio.
A proposta da conversa, conduzida pela juíza de Direito Graciete Sotto e pelo juiz de Direito Breno Coutinho, teve como objetivo incentivar esses acadêmicos a conquistarem seus espaços, especialmente na magistratura, além de conhecer suas preferências e percepções para a construção de um curso preparatório voltado ao ENAM.
A juíza Graciete Sotto destaca que a iniciativa busca validar o plano de aula e, ao mesmo tempo, promover ajustes que assegurem maior representatividade, adequação cultural e alinhamento.
“A gente começa a trabalhar essa questão de equidade na magistratura, visando abraçar os nossos indígenas, abraçar a população negra, para que a magistratura possa ser representada de forma integral, de forma que realmente demonstre a realidade do nosso país.”

O universitário Melquiades dos Santos conta que a magistratura não era um caminho inicialmente considerado, mas que, a partir do encontro, uma nova possibilidade profissional foi aberta.
“Eu não tinha pensado na magistratura, mas esse encontro me motivou. Isso vai ajudar muito, não só a nós, universitários, mas vai nos dar base e preparo para que eu possa voltar à minha comunidade e usar esse conhecimento.”
A estudante Corina Wapichana expressa sua gratidão por ter um espaço de fala que contribui para a preparação do curso.
“Eu, como cacique Tuxaua da comunidade de Alto Arraia, digo que somos sobreviventes e agradeço por poder participar dessa experiência tão importante, da inclusão da igualdade racial no Poder Judiciário.”
Exame Nacional da Magistratura (ENAM)
O ENAM é um processo seletivo nacional e unificado, de caráter eliminatório, destinado à habilitação de bacharéis em Direito com interesse em participar de concursos para a magistratura. O exame é realizado anualmente pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).
Na matéria contém duas imagens. Abaixo a descrição delas:
Foto 1: Imagem colorida mostra a reunião com estudantes sobre equidade racial no Exame Nacional da Magistratura em uma sala de aula. Ao centro da imagem, destaca-se o cocar de penas coloridas de uma das participantes. No fundo, uma mulher fala diante de um slide projetado com o título “O que é equidade”, enquanto os demais participantes a escutam.
Foto 2: Imagem colorida mostra três pessoas sentadas à frente de uma sala de aula durante uma reunião com estudantes sobre equidade racial no Exame Nacional da Magistratura. Um gráfico circular com dados sobre equidade racial na magistratura brasileira é projetado no quadro branco ao fundo. Algumas pessoas assistem sentadas em cadeiras.
Texto: Emily Soares - Jornalista
Fotos: Nucri/TJRR
MAIO/2025 – NUCRI/TJRR
Fotos: Nucri/TJRR
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