
Estratégia é uma cooperação entre o Tribunal de Justiça, por meio da 1ª Vara da Infância, e o Município de Boa Vista, por meio do Condomínio Pedra Pintada
Fotos: Nucri TJRR
Mesmo vivendo em abrigos institucionais, toda criança continua tendo o direito à convivência familiar e comunitária, em um ambiente seguro. Pensando nisso, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), em uma ação da 1ª Vara da Infância e da Juventude, regulamentou o Programa de Apadrinhamento Afetivo na Instituição de Acolhimento Infantil Condomínio Pedra Pintada, no bairro Centenário.
A iniciativa busca garantir uma forma de convivência familiar para crianças e adolescentes com vínculos familiares fragilizados ou rompidos, que vivem em serviços de acolhimento institucional, com chances remotas de adoção ou de reintegração familiar.
O juiz titular da 1ª Vara da Infância e da Juventude, Parima Dias Veras, explicou que a ação é uma estratégia que estimula a construção de vínculos afetivos entre crianças e adolescentes abrigados e voluntários. "Os padrinhos ou madrinhas são previamente selecionados e preparados, ampliando, assim, a rede de apoio afetivo, social e comunitário para além do abrigo, não se tratando, portanto, de modalidade de acolhimento", esclareceu.
As inscrições para este apadrinhamento já foram realizadas antes da pandemia e 25 pessoas foram consideradas aptas. Os interessados vão participar de um curso de formação, previsto para ocorrer no início de agosto. A expectativa é que no próximo ano sejam abertas novas inscrições.
Madrinhas e padrinhos afetivos
Para ser padrinho ou madrinha afetivo de uma das crianças, é preciso ter mais de 18 anos e pelo menos 16 anos de diferença entre a sua idade e a da criança ou adolescente a ser apadrinhado.
É preciso ter disponibilidade afetiva e de tempo para se relacionar e conviver com criança e adolescente, e passar pelo menos um dia por mês com ele ou ela. Também é necessário morar em Boa Vista e não ter ação judicial ou inquérito instaurado por prática de abusos, maus tratos ou negligência contra crianças e adolescentes ou outros crimes.
Este padrinho poderá levar a criança ou adolescente para passeios em parques e praças, ao cinema, teatro e outros espaços culturais ou para passar o final de semana em sua casa, para festas de família, datas comemorativas e viagens familiares. Também é importante que ele participe da vida escolar da criança/adolescente, acompanhe a consultas médicas e outras atividades em que precise da companhia de um adulto.
Outras informações 3623-6722 (Abrigo Pedra Pintada).
Fotos:Nucri TJRR
Para debater temas relacionados às equipes técnicas multiprofissionais das Varas da Infância e da Juventude e ao Juízo 100% Digital, foi realizado de maneira remota, o XVIII Encontro do Colégio de Coordenadores da Infância e Juventude dos Tribunais de Justiça do Brasil.
O juiz titular da 2ª Vara da Infância e Juventude, Marcelo Oliveira, do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), participou dos dois dias de evento, realizados em 16 e 17 de junho. Ele avalia que foi uma oportunidade única para troca de experiências, ideias novas, e de tentar unificar procedimentos da área.
"O colégio de coordenadores da infância e da juventude reúne todos os estados da federação, e embora o Poder Judiciário seja nacional, cada estado tem suas peculiaridades. E durante o encontro, muito se falou sobre audiências por videoconferência e eu pude levar a experiência do nosso TJRR, um exemplo da adoção de tecnologias entre todos os tribunais brasileiros".
A presidente do Colégio de Coordenadores, Noeli Salete Tavares Reback, juíza coordenadora do Tribunal de Justiça do Paraná promoveu a abertura do evento na quarta-feira (16) e durante o encerramento, na quinta-feira(17), foi realizada uma a palestra ‘Gestão da emoção para a formação de mentes livres e emocionalmente saudáveis’, proferida pelo psiquiatra Augusto Cury.
O Colégio de Coordenadores da Infância e da Juventude dos Tribunais de Justiça do Brasil foi criado no dia 21 de agosto de 2012, com o apoio da Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Brasileira dos Magistrados da Infância e da Juventude (ABRAMINJ) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Reunindo todos os coordenadores da Infância e da Juventude do Brasil, de modo a trocar de boas experiências dos Estados, coordenação nacional de temas de relevância, para garantir a prestação jurisdicional mais eficiente e especializada na infância e juventude.
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