Encontro ocorreu nesta sexta-feira (9) e contou com a participação de especialistas
Com o objetivo de construir um ambiente institucional mais inclusivo e acessível para todos, a Escola Judicial de Roraima (Ejurr) realizou, nesta sexta-feira (9), uma roda de conversa com o tema “Peculiaridades do Transtorno do Espectro Autista (TEA)”. A programação teve formato híbrido e foi transmitida pelo canal oficial da Ejurr no YouTube, com tradução simultânea em Libras.
O evento é uma iniciativa da Ejurr, em parceria com a Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal de Justiça de Roraima (CPAI/TJRR) e o Setor de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal (SAINC/TJRR).
Durante o encontro, foram abordados pontos como os critérios de diagnóstico, os desafios enfrentados por pessoas autistas e a urgência de práticas verdadeiramente inclusivas na sociedade.
A presidente da CPAI e diretora da Ejurr, desembargadora Tânia Vasconcelos, conduziu a roda de conversa e destacou o compromisso de sensibilizar e acolher.
“Ela tem o objetivo de sensibilizar magistrados, servidores e a sociedade como um todo sobre esse tema, além de fomentar o acolhimento, o amor e a inclusão para as pessoas que têm esse diagnóstico.”
Participaram do debate as neuropsicólogas Magaly Sarah Rocha e Rozianne Melville Messa, o secretário de Qualidade de Vida do TJRR, Dr. Hassan Syagha, e a servidora Tatiene dos Reis Ferreira Gonçalves Quintã.
Magaly destacou a importância de dar espaço às pessoas que estão dentro do espectro para compartilhar suas próprias experiências.
“Passamos por diversas dificuldades devido à nossa funcionalidade, e isso acaba disfarçando os nossos prejuízos e dificuldades. E quanto mais conversarmos e abrirmos espaços para debates — incluindo falas de pessoas autistas — melhor ficaremos diante da sociedade.”
Rozianne ressaltou a necessidade de desconstruir visões equivocadas sobre o TEA.
“Dizemos que a avaliação pode abrir uma nova página na vida da pessoa. O autista não pensa ‘fora da caixinha’ — ele não tem caixas. É preciso desmistificar estereótipos e entender que ele é humano como qualquer outro, com suas particularidades.”
A servidora Rita de Cássia acompanhou o evento e salientou o interesse em aprofundar seus conhecimentos.
“Eu trabalho na Vara da Infância e da Juventude e lido com muitas pessoas, especialmente crianças e adolescentes. Por isso, é necessário me atualizar para atender melhor as pessoas e entender mais sobre o tema.”
A programação integra o Plano de Ação do Setor de Acessibilidade e Inclusão 2025, promovida pelo SAINC em parceria com a CPAI, e atende à Resolução CNJ nº 401/2021, que incentiva a realização de ações voltadas à promoção da inclusão e da acessibilidade no âmbito do Judiciário.
A matéria contém duas imagens. Abaixo a descrição:
Foto 1: Imagem colorida contém cinco pessoas sentadas em semicírculo durante uma roda de conversa. Da esquerda para a direita: Dr. Hassan Shyaga, a psicóloga Magaly Sarah Rocha, a desembargadora Tânia Vasconcelos, a psicóloga Rozianne Melville Messa e a servidora Tatiene Quintã. A desembargadora está ao centro, sentada em um sofá preto, com papéis ao seu lado. Ela está discursando com um microfone na mão. Os demais estão em poltronas, em cima de um tapete e ao redor de uma mesa de vidro contendo taças de água. Em primeiro plano, há um arranjo de flores. Ao fundo, um telão com o título "Roda de conversa: Peculiaridades do Transtorno do Espectro Autista – TEA" e o logotipo da EJURR. À direita, um intérprete de Libras realiza a tradução simultânea.
Foto 2: Imagem colorida contém um grupo de pessoas sentadas em cadeiras azuis, de costas para a câmera, acompanhando uma roda de conversa. À esquerda, há um telão com o título "Roda de conversa: Peculiaridades do Transtorno do Espectro Autista – TEA", com o logotipo da EJURR. Ao fundo, um intérprete de Libras está de pé, realizando a tradução simultânea.
Texto: Emily Soares – Jornalista / Wesley Vieira – Estagiário de Jornalismo
Fotos: NUCRI/TJRR
MAIO/2025 – NUCRI/TJRR