Atualmente 40 contribuintes que receberam precatórios estão com imposto retido na fonte em Roraima
Foto: Nucri

Os comprovantes podem ser obtidos junto ao Núcleo de Precatórios, localizado na sede administrativa do Tribunal de Justiça de Roraima, na avenida Ene Garcez
Os comprovantes de rendimentos (Cédula C) para aqueles contribuintes que receberam precatórios judiciais no ano de 2018, já estão disponíveis no Núcleo de Precatórios do TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima).
Atualmente conforme a coordenadora do Núcleo, Valdira Silva, em Roraima, o total de credores (pessoas ou empresas que receberam precatórios), com imposto retido na fonte, atualmente é de 40, que somados chegam a quantia de R$ 682.177,01.
“Quem recebeu durante o ano de 2018 quantias decorrentes de precatórios na Justiça Estadual deve incluí-los na DAA [Declaração de Ajuste Anual] do Imposto de Renda 2019, cujo prazo para entrega se encerra em 31 de abril deste ano”, observou.
Segundo ela, também é possível solicitar o comprovante, caso já não esteja disponível no TJRR. Para isso, o interessado deverá enviar e-mail para o Núcleo de Precatórios: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; colocar no campo assunto: comprovante de retenção de (nome do credor: empresa/pessoa física). Deve informar também no texto do e-mail o nome completo, CPF, identidade e telefones. Em se tratando de pessoa jurídica informar o CNPJ, nome completo da empresa e a identificação do solicitante.
Conforme a coordenadora, os credores (pessoas ou empresas que receberam precatórios) devem encaminhar o pedido por meio do próprio e-mail, caso contrário estará sujeito à confirmação da identidade ou diligências prévias para atendimento do pedido. O comprovante será enviado por e-mail pela Coordenadoria de Precatórios ao endereço eletrônico indicado pela Pessoa Física, Empresa ou entregue diretamente ao beneficiário no Núcleo de Precatórios.
Quem necessitar de mais informações pode procurar o Núcleo de Precatórios localizado na sala 208 no 2º andar da sede administrativa do Tribunal de Justiça de Roraima, na avenida Ene Garcez, número 1.696, bairro São Francisco. O telefone (095) 3198-4105 também está disponível para mais detalhes sobre o resgate da Cédula C.
Fotos: Fernando Imaylli

Os estudantes aprenderam sobre como lidar com situações de violência contra mulher
A Coordenadoria Estadual de Violência Doméstica e Familiar do TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima), realizou na manhã desta quarta feira, dia 13, no CBVZO (Campus Boa Vista Zona Oeste) do IFRR (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima), localizado no Conjunto Cidadão, palestra educativa sobre a Lei Maria da Penha e Violência Doméstica.
O evento, que reuniu seis turmas dos cursos técnicos de Comércio e Serviços Públicos, ocorreu de forma interativa. As duas sessões de palestras foram ministradas pela pedagoga, Aurilene Moura, que destacou a história e luta de Maria da Penha para conseguir a Lei que protege as mulheres, há 12 anos.
“Hoje a Lei Maria da Penha é considerada como a 3° melhor Lei do mundo porque veio para assegurar os diretos das mulheres no âmbito doméstico e familiar, e igualdade entre gêneros. Além disso, foi instituída com o objetivo de mudar a cultura da violência que ofenda a integridade física, psicológica, moral e patrimonial da mulher”, observou Aurilene.
A estudante do curso de Comércio, Milena Ramalho da Silva, disse que aprendeu que não é todo tipo de violência que se enquadra nos termos da Lei Maria da Penha, sendo somente três tipos de relação: íntima de afeto; parentes consanguíneo e de consideração. Também aprendeu que não é só quando o homem agride a mulher que configura Lei Maria da Penha, relação entre casais formados por mulheres também.

Com olhares atentos, eles aprendiam um pouco mais com informações repassadas por meio filme
A coordenadora do curso de Comércio, Élida Bonifácio, destacou a relevância da palestra. “É muito importante que nossos alunos tenham conhecimento sobre todas as questões envolvidas na violência doméstica e familiar, principalmente a Lei Maria Penha, para que tenham conhecimento de como agir em situações presenciadas por eles e para que também possam multiplicar esse conhecimento”, comentou a coordenadora.
A professora Mariana Silva, dos cursos Comércio e Serviços Públicos, também integrados ao Ensino Médio do CBVZO, informou que desenvolve uma atividade com os alunos sobre a desconstrução do senso comuns.
“A gente tem a impressão que todos pensam da mesma forma, as mesmas opiniões sobre determinados temas e esse saber é muito superficial. O que acaba reproduzindo preconceito e discriminação na sociedade tendo como foco a mulher. Por exemplo ainda ouvimos frases como esta: ‘mulher agredida que não denuncia, é porque gosta de apanhar’. Na disciplina de sociologia e filosofia estamos justamente desconstruindo esses exemplos por meio de pesquisas e estudo mostrando aos alunos que temos de ser críticos diante de afirmações como essas.
Até chegar a lei - Maria da Penha lutou por mais de 20 anos na Justiça para ver seu ofensor preso, mas não conseguiu. Voltou para casa, mas não se calou e escreveu o livro ‘Sobrevivi Posso Contar”, narrando as duas tentativas de homicídio sofrida pelo então marido e a peregrinação que sofreu na justiça. Até que uma organização feminina teve acesso ao livro e o levou para a Corte Internacional dos Direitos Humanos, na qual condenou o Estado Brasileiro por negligência e omissão e obrigou a criar uma Lei específica para proteger a mulher.
Maria Vai à Escola é iniciado em mais duas escolas de Boa Vista
Na semana em que ocorre 13° edição do Programa Justiça pela Paz em Casa, marcando o dia Internacional da Mulher, lembrado no dia 8 de março, o Projeto Maria Vai a Escola contempla mais duas unidades escolares de Boa Vista. A Escola Municipal Vovó Júlia e a Cunhantã Curumim ambas na zona Oeste da Capital.
O Maria Vai à Escola, é fruto da parceria entre o TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima) por intermédio da Coordenadoria Estadual de Violência Doméstica e Familiar e a Smec (Secretaria Municipal de Educação).
O programa educacional que começou em 2015, voltado aos alunos do 5° ano do ensino fundamental, já atendeu 17 escolas, beneficiando 2.200 estudantes, aplicado em oito aulas em que são abordados em linguagem lúdica e apropriada para a faixa etária, com temas relacionados ao respeito, direitos humanos, desigualdade de gênero, além de informações sobre a Lei Maria da Penha.
Maria Vai à Escola é ministrado por professoras da rede municipal que foram capacitadas nas temáticas, além disso a equipe se reune periodicamente, e ao final do projeto em cada escola, o TJRR realiza a entrega dos certificados aos alunos.