JUSTIÇA CIDADÃ - Programa leva registro civil gratuito a comunidades remotas de Roraima

Imprimir
 imagem colorida mostra um homem sentado de costas, usando um boné bege e uma camiseta cinza, interage com um atendente. O atendente, sentado em frente a um computador, veste uma camisa listrada e um crachá, e segura documentos. O balcão de atendimento tem um monitor de computador, um scanner ou tablet e cabos visíveis. A cena se passa em um escritório pequeno e simples.
 
Um passo decisivo para garantir o direito básico à existência jurídica foi dado com o lançamento do Programa de Registro e Validação de Existência e Reconhecimento (Prover), que começou a funcionar no município de Uiramutã, no extremo norte de Roraima.
 
A ação leva, pela primeira vez, a emissão gratuita de certidões de nascimento e óbito a populações que vivem em áreas de difícil acesso e que, por anos, permaneceram invisíveis aos serviços públicos.
 
A iniciativa é do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), por meio do Programa Justiça Cidadã e da Corregedoria-Geral de Justiça, em parceria com o 1º Ofício de Registro Civil de Pacaraima.
 
O objetivo é simples e urgente: garantir o direito à identidade a crianças, jovens, adultos e idosos que ainda não possuem registro civil — documento que abre portas para saúde, educação, benefícios sociais e reconhecimento legal.
 
imagem colorida mostra um grupo de cinco pessoas, três homens e duas mulheres, em pé e sentados em uma sala. Uma mulher no centro, vestindo uma camiseta azul com a estampa "Justiça Cidadã" e cabelo cacheado, está falando e gesticulando com a mão direita, enquanto segura um papel na esquerda. Dois homens estão em pé à esquerda dela e um homem está em pé à direita. Uma mulher está sentada em uma cadeira plástica branca à direita da oradora. Um banner azul e um cartaz informativo estão visíveis ao fundo.
 
Durante a inauguração, o coordenador do Justiça Cidadã, desembargador Cristóvão Suter, destacou o impacto social da medida.
 
“Não é preciso muito para fazer a diferença. Com o Prover, o registro civil deixa de ser um obstáculo e se torna um direito acessível — e isso muda vidas.”
 O corregedor-geral de Justiça, desembargador Erick Linhares, reforçou o sentido humano da ação.
 
“A justiça não é um prédio — é presença. Registrar uma vida é reconhecer um cidadão. É garantir que alguém não continue invisível só porque vive longe do centro.”
 A realidade do município confirma a necessidade do programa. Segundo Erlize José de Souza, chefe de gabinete da Prefeitura de Uiramutã.
 
“Ainda há muitas crianças e adultos sem registro civil aqui. O Prover chega para mudar essa realidade.”
 A titular do cartório parceiro, Náiada Rodrigues, também celebrou o início do atendimento.
 
“Para Uiramutã, isso é histórico. O registro civil está, enfim, ao alcance da população.”
 
imagem colorida mostra uma mulher, em pé, ensina ou orienta um homem que está sentado em uma mesa de escritório. A mulher está vestindo uma blusa marrom, tem óculos e cabelo escuro, e está apontando para a tela do monitor do computador. O homem está sentado à direita, vestindo uma camisa social branca e usando um crachá azul e branco. Ambos estão em frente a um computador, com papéis e um cartaz visíveis no fundo.
 
Sobre o Prover
 
Criado pela Corregedoria-Geral de Justiça em parceria com a Coordenação do Programa Justiça Cidadã e com o 1º Ofício de Registro Civil de Pacaraima, o programa atenderá moradores de regiões sem cartório extrajudicial, com emissão gratuita de documentos e validação de registros. Antes do início oficial, equipes foram capacitadas e fluxos de atendimento foram estruturados para dar suporte às comunidades atendidas.



Acessibilidade


O site do TJRR oferece recursos de acessibilidade por meio do sistema Rybená, que facilita a navegação e a compreensão de conteúdos digitais por pessoas com deficiência. Para ativar essas funcionalidades, basta clicar em um dos ícones para utilizar as opções disponíveis no próprio portal.



Texto: Eduardo Haleks - Jornalista

Imagens: NUCRI/TJRR
NOVEMBRO/2025 - NUCRI/TJRR