
	A terceira edição do "Caminhos Literários no Socioeducativo: pelo direito à cultura", com o tema "O que pode a cultura no Sistema Socioeducativo?", ocorreu nos dias 11, 12, 16 e 17 de julho de 2024. Em Roraima, as atividades aconteceram no Centro Socioeducativo Homero de Souza Cruz Filho (CSE).
	No Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), o evento foi impulsionado pelo projeto "Leitura Abre Portas: porque ler te faz livre!", desenvolvido pela Biblioteca do TJRR em parceria com o Grupo de Monitoramento e Fiscalização Carcerária (GMF) e as Varas da Infância e da Juventude.
	O desembargador e supervisor do GMF, Almiro Padilha, falou sobre como é gratificante a realização do projeto: "Estamos aqui para mais uma etapa desse projeto lindo e, a cada etapa que passamos, nos sentimos vitoriosos e pretendemos atingir cada vez mais jovens e crianças, garantindo assim o apego à leitura."
	Promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), através do Programa Fazendo Justiça, o evento busca qualificar a discussão sobre o acesso à cultura e à leitura por adolescentes e jovens em cumprimento de medida socioeducativa, além de garantir o protagonismo e a participação desse público no debate.
	A bibliotecária e integrante do projeto Leitura Abre Portas do TJRR destacou a importância do evento: "O evento foi importante porque reuniu autoridades e pessoas que vieram prestigiar os adolescentes, que foram os protagonistas. Houve incentivo à leitura, à cultura, ao universo que os jovens têm hoje, permitindo que mostrem seus talentos."
	A assistente social do GMF, Débora Nóbrega, explicou como a reabilitação proporcionada pelo projeto faz a diferença: "Estamos felizes com a realização desse evento e com o modo como o Tribunal abraçou isso de forma conjunta com o Executivo. Os maiores protagonistas desse evento são os jovens e adolescentes, que hoje apresentam frutos de muito trabalho, abrindo o entendimento e a vida dessas pessoas."
	A agente socioeducativa do CSE, Nazaré Saraiva, responsável pelas ações do III Caminhos Literários, comentou sobre as atividades do evento: "Fizemos várias atividades aqui, várias apresentações dos adolescentes, que recitaram poesias e músicas. Tivemos a presença dos jovens do semiliberdade com algumas músicas. Finalizamos com uma sessão de culinária, que foi a damurida oferecida aos participantes e um almoço com o auxílio do TJRR!"
	A edição de 2024 teve início no dia 11 com uma cerimônia nacional transmitida ao vivo pelo canal do CNJ no YouTube. Na ocasião, foi lançada a Diretriz Nacional de Cultura na Socioeducação, um documento construído a partir dos resultados obtidos no Censo Nacional de Práticas de Leitura no Socioeducativo e na 1ª Conferência Livre de Cultura no Socioeducativo.
	Destaques da Programação
	* Exposição dos HQ produzidos na Oficina;
	* Momento com Alice Lyra (ministrante da oficina de HQ) – roda de conversa com os adolescentes;
	* Lançamento do Projeto Socioeducacine;
	* Coral e Apresentação de outras práticas culturais de iniciativa dos adolescentes e jovens;
	* Edição do Programa de rádio: Ouvidoria Comunica, por Oribs Ziedson - entrevista com adolescente e equipe do CSE;
	* Festival de culinária regional – almoço com adolescentes, familiares e público presente;
	* Neuber Uchôa (apresentação durante o almoço).
	Lançamento do Projeto Educacine da Coordenadoria da Infância e Juventude
	Durante a programação ocorreu o lançamento do Projeto Educacine, idealizado pela Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), que visa utilizar o cinema como ferramenta de educação, explorando temas relevantes e incentivando pensamento crítico e reflexões.
		Texto: Eduardo Haleks/Repórter  
	
		Fotos: Nucri/TJRR  
	
		Nucri/TJRR – julho/2024